(foto de BlueShell)
Sim, esta janela pertence à casa que se vê no "post" anterior.
Foi outrora uma padaria. Durante anos e anos ali se fez e se vendeu pão. Durante a guerra muitos eram os que iam "buscar fiado", contava uma tia minha. Nunca o pão foi recusado a ninguém. Eram pessoas simples, todas elas, honestas e trabalhadoras...mas “naquele tempo” a miséria era muita.
Hoje a “padaria” ali está. Vai acompanhando o passar do Tempo. Foi preciso derrubar a chaminé, que ameaçava cair em cima do edifício. Mas a “padaria”, qual mulher marcada pelas rugas e pelo cansaço lembra, com a sua presença, tempos difíceis que apenas os mais velhos recordam ainda.
Sei pouco mas sinto demais! Gosto do cheiro da terra molhada e do toque sereno do vento roçando-se nos pinhais, sem Tempo nem Idade. Tenho na alma a robustez das serranias e no olhar ...lágrimas de saudade!
domingo, agosto 21, 2005
Naquele tempo...
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24 comentários:
ω Pois aqui está uma prova irrefutável de como "o antigo" preserva valores e histórias para mais tarde nos recordarmos ω de que em tempos, outras pessoas pisaram este chão em busca de migalhas de alimentos. ω Tempos difíceis, pois....!!!! ω
∇ Beijocas e inté ∇
Na terra que viu nascer os meus pais, e até os meus irmãos, também existe assim um local de venda de pão. Infelizmente vão desaparecendo, sem deixar rastos.
Até breve.
A vida é um ciclo...e tudo é saudade. Devemos dar sempre valor a tudo.
Beijo*
há tantas histórias daquele tempo, daquele da miséria.
é quase incompreensível como tais histórias são sempre tão ricas
Querida Blue Shell
Passing by...
Um beijo
Daniel
Há sempre algo que fica nas recordações e ainda bem:) beijos
Histórias do nosso velho e bondoso portugal... Que é feito desse país?
Beijinhos Blue*
Sobreveio-me à ideia, Maluda, a pimtora que amava as janelas de Portugal...e que belo e triste país este, onde a memoria passa sempre para segundo plano...
Valeria, do blog
www.fadista-valeria-mendez.weblog.com.pt
Desculpa a minha ausencia mas tive a aproveitar todos os minutos para estar com a minha famila junta já que é tão raro:)
beijinhos e boa semana
Quando nada mais resta, o esqueleto ainda a mantém de pé.
Tal como as árvores carcomidas se aguentam de pé até que uma rajada de vento mais forte as derrube.
É assim a lei da vida.
Esta história toca-me, pois o meu avó tinha uma padaria e por fiado vender teve que a vender!?
Bjx
Ficam as memórias.
Um beijinho doce *
Andas muito saudosista...
Estive a ler o que escreveste enquanto estive de férias (gostei do poema "Preciso-te").
Beijinhos
Shell, as ruinas são alma que nos lembram a existência perdida.
Um beijo. Augusto
Lindo pensar que se você não colasse as fotos e a história, eu jamais saberia que ai tem um lugarzinho com uma história tão bonita. E tudo isso graças à internet! Como diria o outro: "o que é a natureza!"
Beijinhos
Amo estas fotos com historias antigas... têm todas um pedaço de nós... Beijinho*
As pedras são sempre memórias de um povo. Bjnhos
Quando as coisas acabam, ficamos com a sua memoria. Essa não acaba!
(Re)visitar o passado.
Nostalgia boa!
pedaços de historia...
beijos
Está tanta coisa assim a desmoronar-se à minha volta...
Tento não olhar para viver um pouco melhor com o passado.
Jinhos
O tempo é implacável e de uma forma ou outra, acaba por atingir tudo o que existe. Resta-nos as doces lembranças do passado e as memórias dos que contam as histórias de um tempo que jamais voltará. ChUAC!
E como tudo, um dia a casa virá abaixo!
Jinhos
Olá amiga,
Estás no meu BLOG nos 5+ do BlogDay2005.
http://bica.blogs.sapo.pt
Beijinhos e saudades.
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