quarta-feira, junho 30, 2004

NÃO


mendes

Sinto-me nua aqui neste chão,
só, entre as dunas, pergunto ao mar
se tu virás...e ele diz que não!

PORTUGAL

...está na FINAL...

O TEU

...regresso! Sim, voltaste...mas não para mim! Voltaste e sei que andas por aí...porque sei, porque sim, porque te vi!

QUERES SAIR DE MIM

...mas não deixes que o Tempo devore as recordações. Lembra as palavras que trocámos; os risos e as lágrimas que partilhámos, como duas crianças sem mácula! Lembra as carícias que nunca nos fizémos e os beijos que nunca démos, sequer a cor de nossos olhos conhecemos...Mesmo assim, não deixes o Tempo consumir a recordação desses momentos mágicos! Queres sair de mim...neste pôr-de-sol...em que a noite anuncia uma manhã que não virá jamais! Queres sair de mim...

segunda-feira, junho 28, 2004

PUDESSE EU

...aparar os golpes com que a vida te fustiga, sofrê-los por ti...Seriam sofridos de bom grado, pois ver-te-ia a ti...FELIZ!

AQUI


careya


brincávamos em correrias desenfreadas tentando ultrapassar o Tempo...e os dias eram cheios de pureza e inocência...que esse mesmo Tempo acabou por nos roubar...

DE QUEM

...me escondo, perguntavas há dias! Escondo-me de mim, talvez; escondo-me para me iludir e esquecer a minha pequenez!

domingo, junho 27, 2004

NA ALDEIA

...a criança, pequenina, andava no balouço! O pai dava , de vez em quando, um empurrão! E ouvia-se o riso puro da bébé...ouvia-se e ouve-se hoje ainda...ecoando por vales e pradadrias...

sábado, junho 26, 2004

SE HÁ ANJOS

...na terra...tu decerto és o meu! Tu me acompanhas a toda a hora para qualquer lugar, me dás ânimo quando estou triste, me iluminas e me dás uma luz de esperança para eu prosseguir a jornada; tu me dizes baixinho, ao ouvido, " és capaz"...quando eu me recolho à insignificância da minha essência simplesmente humana; tu me limpas as lágimas e me apontas o caminho; me ralhas em tons de amor...quando faço o que não devo...
Tu simplesmente ESTÁS! ÉS! Aqui e agora te sinto...me olhando, sorrindo, na imensidão de uma sala despida de gente e esse teu sorriso me diz que devo continuar o que comecei!

sexta-feira, junho 25, 2004

AI, Se SOUBESSES

Ai, se soubesses o quanto mereces ser feliz...
E eu...não consigo, não sei como fazer, para te dizer, sequer, que te amo! E entristeço-te! E trago amargura ao teu dia-a-dia...não era isso que eu queria! Porque se alguém merece ser feliz...Oh, soubesse eu mudar minha maneira de ser...para te dar o carinho, o apoio de que precisas...quero mudar...para conseguir fazer-te sentir que estou aqui por, e para, ti!

PEQUENINO

Sim, este é um Blog pequenino...pudera...recém nascido! Mas tem muita vontade própria: ultrapassa o seu criador!
Vão aparecer "posts" sobre os mais variados assuntos: uns actuais, ouros, não! Uns sérios, outros para rir....como disse este blog tem vntade própria: fará o que lhe der na "real gana". O seu criador é apenas o veículo material...que lhe permitirá realizar-se como blog que, afinal, é!

De INVERNO...TEMPOS DIFÍCEIS


redlin

TEMPOS DE LUTA

...e por vezes, os tempos eram difíceis; invernos rigorosos de vendavais e chuvas mil...para não falar na neve que cobria a serrania...
Mas tudo se fazia! Filhos, então...era o pão nosso de cada dia!
E também se contavam histórias à lareira, algumas bem que "metiam medo"...mas o avô queria isso mesmo..assustar toda a gente e fazer-nos ir para a cama a pensar que, apesar de tudo, era lá no leito frio, que estava a proteccção...

SABOR A GENTE


carey3a


Gente feliz

SABOR A GENTE

Era aqui, por entre os vinhedos e o sabor a gente autêntica que a pequenada crescia em força e sabedoria. Até o preço da comida que ia à mesa se sabia...pela quantidade de suor dispendido para ali a colocar. E se mais luxos não havia...havia o amor e a alegria, a confiança, a união e a esperança que os dias permanecessem, para sempre, assim...

quinta-feira, junho 24, 2004

HOJE NÂO

- Sempre o mesmo! " Hoje não"...então quando? Um homem não é de ferro! Ontem, não!...hoje não!...amanhã nem vale a pena perguntar...

É que até parece que os colegas nos lêem no olhar a frustração e nos adivinham o pensamento e o desejo! Chego a evitar olhar-lhes nos olhos...

"Hoje, não"...Custará assim tanto fazeres-me aquela TORTA de chocolate de que eu tanto gosto? Há uma semana que andamos a comer cerejas à sobremesa!

Pelo conhecimento

Não troces de mim,
eu quero aprender,
precisamente
por não saber!

E quando não sei
pergunto e ...já está!

Quando novo

não fizera senão trabalhar árduamente! Mas o seu Tempo estava a chegar ao fim. Ele sentia-o nos ossos, nas perdas de memória, no desespero da saudade dos filhos emigrados...Um dia...seria o dia e finalmente poderia descansar de trabalhos e abandonos mil...

O VELHO


carey2


Foi aqui, junto ao velho tronco, que ele tombou. Depois de uma vida de trabalho, de preocupação com o sustento dos seus...simplesmente deixou-de levar nos braços dela, para um lugar onde não mais teria campos verdes para cuidar...

quarta-feira, junho 23, 2004

TENTA

Tenta perceber as mulheres e antes que acabes a tua tentativa...terás enlouquecido!

GÉNIO

Um homem caminhava pela praia de Cascais e tropeçou numa velha lâmpada.

Pegando nela, esfregou-a e... um génio saltou lá de dentro e disse:

"O.K.! Você libertou-me da lâmpada, blá, blá, blá! Esqueça aquela história dos três desejos! Você tem direito a um desejo apenas e ponto final.
O homem sentou-se e pensou por um instante. Depois disse:

"Eu sempre quis ir aos Açores, mas tenho um medo enorme de voar.E no mar costumo ficar enjoado. Você poderia construir uma ponte até aos Açores, para que eu pudesse ir de carro?"

O génio riu muito e disse: "Isto é impossível. Pense na logística do assunto. Como é que as colunas de sustentação poderiam chegar ao fundo do Oceano Atlântico?Pense em quanto betão armado. Em quanto aço. Em quanta mão-de-obra... Não, de maneira nenhuma! A ponte não pode ser! Pense noutro desejo..."

O homem compreendeu e tentou pensar num desejo realmente bom.

Finalmente disse: "Sabe... Eu fui casado quatro vezes e quatro vezes me divorciei. As minhas esposas sempre disseram que eu não me importava com elas e que sou um insensível. Então o meu desejo é que eu possa entender as mulheres;saber como elas se sentem por dentro e o que elas estão a pensar quando não falam com a gente..Saber porque é que estão a chorar... Saber o que elas realmente querem quando não dizem nada... Saber como fazê-las
realmente felizes!

Ao que o génio respondeu: "Queres a merda da ponte com duas ou quatro faixas?"

Compreender as mulheres pode, realmente ser...muito difícil, NÃO?

PARA SER HOMEM

Será que para se ser homem se tem mesmo de: plantar uma árvore, escrever um livro e fazer um filho???
É que se assim é...eu já volto: vou ali num instante...não demoro!

Nessa rua...

Nessa rua meus passos juvenis ainda ecoam...



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terça-feira, junho 22, 2004

Arma secreta

Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dipara em linha recta
mais longe que os foguetões.

Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.

A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.

Erecta, na noite erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.


António Gedeão, Poesias Completas

Tens um bocadinho?

É curioso que quando alguém nos pergunta se temos "um bocadinho"...vai sair "bronca"! Geralmente comigo é o que acontece e eu fico logo de pé atrás...

Ou há-de ser uma crítica a qualquer coisa que eu tenha feito, ou uma queixa contra um colega, ou uma intriga envolvendo o patrão! Ou então..alguém olhou para a minha cara e ficou com a impressão - mera ilusão óptica- que eu "nadava em riqueza" e vem pedir-me dinheiro!

Em todos os casos envolve sempre algum constrangimento...eu acho!

Proibido sonhar

"Sinto-me perder na imensidão de um mundo que nada tem para me oferecer"...

do "LetrasAoAcaso"

Dizia nesse "Post" que o amor pode ser eterno! O Zé que me perdoe...mas será???? Será mesmo?

segunda-feira, junho 21, 2004

NUAZINHA...

Eu estanquei antes que tu pudesses ver-me de onde estavas.
Meus olhos viam mas eu, na inocência dos meus 13 anitos, habituado a ver oa animais fazerem "aquilo" que Deus lhes ordenara que fizessem ( para nosso proveito e sustento), nunca havia visto uma fémea da minha espécie, assim, nuazinha e com tudo quanto Nosso senhor lhe deu à mostra, só para eu ver. Encolhi-me ainda mais não fosse dar-se o caso de ser tudo um sonho e tu desapareceres. E via-te chapinhar na água, como criança tola...parecias a chirita do meu pai, quando saía à solta pelos campos depois de ter estado presa nos currais! E a água escorria-te pelos seios que tu, ao mesmo tempo acariciavas com as mãos...e eles moviam-se ao teu toque; agora viraras-te de costas para mim e subitamente entraste toda dentro do ribeiro...para emergires depois, toda inteira, toda mulher! E o meu corpo tremia já! Sentia...sem saber o que sentia...mas algo em mim não estava bem. Era uma vontade, uma sede, um desejo, um tremor..mas sentia apenas meu corpo transformar-se...de menino em homem...Agora, passavas as mãos pelas virilhas...súbito olhavas o céu com um sorriso molhado também. E em mim o sentir foi total, pensei que era pecado o que via e por causa disso estava a morrer...sim, porque o meu corpo não me obedecia, estava estranho a mim, e eu sentia-me em contracções: "certamente estou a morrer" ( mas se aquilo era morrer a morte era boa) - Cheguei a pensar! Tive de me agachar e com ambas as mãos salvar o que restava de ums calções limpos vestidos ainda há pouco, pela manhã! Que havia de dizer ao pai? Ou como explicar à mãe?...senhora tão devota e amiga do Padre Felisberto!
Levantei-me, já homem....mas...só via o ribeiro. De ti...nem nas águas houvera ficado uma só ondulação que pudesse provar que ali estiveras. As lágrimas correram soltas, de revolta, mais do que quando o meu pai me dava uns cachaços por ter vendido a porca cevada por baixo preço na Feira de Montouro! E chorei, chorei...

Recordo, hoje, à ditância dos anos, o momento em que fui homem...não sei se a sério, se a sonhar...

Nua

Nesse dia ...ao virar a curva da estrada, junto da margem do ribeiro, estavas tu...fresca e tangível, apetecível...toda nua!

Rompe o véu

Escondes-te sob esse véu...
Não escondas o ter Ver as coisas
Não deixes o Sentir contigo apenas...

Rompe esse véu de timidez e diz ao mundo quanto És!

Feliz

Ficarei feliz se vir o sol em mais um amanhecer.

Continua

Tuas palavras são bálsamo poderoso. Continua a fazer-nos crer que o céu é o limite.
Ao meu Amigo , José Pinto Correia (Letras)

Tu

Sabias tu o quanta falta me fazes? Imagina...por momentos, consegues imaginar uma concha azul....sem mar?

Carícias ao vento

Soubera que o Tempo estava no fim; arrastava-se por entre a vegetação; queria chegar ao velho casarão antes do anoitecer! Fora aí que crescera...que dera os seus primeiros passos...fora aí que brincara e aprendera a ser homem... A caminhada era cada vez mais difícil; as pernas não queriam já obedecer. Passou a grande candela que dava acesso à propriedade! Lá estava, como que à sua espera, o velho álamo; sentou-se à sua beira, encostou a cabeça e olhando o velho casarão, sorriu; tinha-o visto mais uma vez: uma última vez: e suspirou, morrendo feliz!

domingo, junho 20, 2004

Bem sei...

bem sei...Portugal ganhou! E eu sofri no antes e no durante! E depois...foi aquela sensação de alívio, de alegria até! Mas aqui pelas serranias...como ir festejar? Com quem?
Festejei comigo. E ao visitar alguns blogs...festejei acompanhada! Obigada.

A impaciência

Insistia em olhar à sua volta...impaciente! Nem a chuva com a sua agressividade o deixava afastar o olhar...A espera o torturava...e a porta não se abria...e ninguém naquela casa se movia. e ele esperava...

Vens ver-me?

Será que vens ver-me? Será que dás pela minha ausência e me vens procurar?...ou estarei à espera...em vão, qual paciente e fiel Penélope...

Vens ver-me?

Será que vens ver-me? Será que dás pela minha ausência e me vens procurar?...ou estarei à espera...em vão, qual paciente e fiel Penélope...

Era

Era como se a terra lhe fugisse debaixo dos pés e ele nada pudesse fazer. (Usar assim lugares-comuns...devia ser proibído!) Mas a verdade era mesmo essa! Até náuseas sentia...um mau estar...e tudo por causa do medo!Esse medo terrível do inimigo que...escondido podia atacar a qualquer momento...cada segundo era a morte a ser adiada e ele...sabia-o!