quarta-feira, novembro 30, 2011

SE É Importante para mim...para vós também será!




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"A CiberEscola da Língua Portuguesa é uma plataforma de recursos interativos e cursos online de ensino do português e constitui um projeto único no universo de oferta editorial e institucional via Web.

(…)
É necessária apenas uma ligação à Internet. A plataforma funciona em qualquer browser, não sendo necessário o descarregamento de software adicional

(…)
Para além da interatividade utilizador-máquina, visada nos exercícios interativos, desenvolver-se-ão cursos online destinados a alunos de português língua estrangeira (ver Cibercursos da Língua Portuguesa) com acesso aberto aos materiais e produtos gerados em cada curso."

domingo, novembro 27, 2011

Capar pepinos???

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(Foto de BlueShell)

Era um verão quente aquele, de há alguns anos, em que eu tinha ficado de cuidar da quinta.
Sabia o suficiente de agricultura para, pelo menos, fazer as regas. E deslocava-me à aldeia dia sim, dia não,…se o tempo assim o ditasse, para cuidar dos tomates, do feijão-verde, das alfaces, dos pepinos …e do jardim: havia imensas plantas em flor mas o meu local preferido era o roseiral, pelas belas rosas que continha.

Num desses dia de rega, quando já o suor me escorria pela face, pescoço…e o meu cabelo se apresentava longe de ser decente…ei-lo: era o vizinho, o senhor Diamantino, viúvo e que sempre fizera a sua vida na, e para, a terra! Durante anos tivera rebanhos…agora cultivava algumas belgas de terra para seu consumo.
Viu-me, parou a bicicleta e cumprimentou-me:

-Bom dia, menina!(na aldeia, mesmo depois de sermos mulheres casadas…o “menina” tem sempre lugar…o que até nem me pareceu mal…digamos até que senti algum prazer nesse cumprimento).

- Bom Dia, Sr. Diamantino, vai benzinho?- disse eu de sorriso rasgado como é meu hábito.

- Vamos como se pode e os dias deixam…. – e sorriu.

- Eu ando a regar, como pode ver!

- Estou a ver…-fez silêncio…depois prosseguiu:
- Mas olhe, menina…

- Diga!

- A menina tem de “capar” esses tomates e esses pepinos! É que senão ficam “pequenos e amargosos”!

O meu olhar fulminou-o!
- Ó Sr. Diamantino, francamente, agora deu-lhe para gozar comigo, ou quê? – respondi de forma brusca pousando a sachola no rego por onde corria a água.. Olhe que o respeito é coisa que aqui ainda se usa…

Uma nuvem de imensa preocupação turvou-lhe o sorriso, saltou da bicicleta e, num ápice, já se encontrava junto a mim.
-Não, menina, não!!!…estou a falar sério, longe de mim, credo…

E vi que estava atrapalhado, sem cor…
Então explicou o que era “capar” os pepinos, e exemplificou.
-É que, tirando estes miúdos que estão no caule, os outros ficam maiores, mais carnudos e não amargam. O mesmo acontece com os tomates…ficam maiores, mais desenxovalhados.

Foi nesta altura que eu ruborizei…e senti uma imensa vergonha a somar à minha imensa ignorância no campo da agricultura. Pedi desculpa e agradeci…

Nesse dia aprendi, com um homem do povo, que se “capam”…pessoas e animais…e ainda tomates e pepinos…

Ah…e nesse dia trouxe comigo uma rosa…uma das minhas favoritas…e que hoje ofereço ao Joop...porque sei que gosta de rosas!



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(Foto de BlueShell)

terça-feira, novembro 22, 2011

(...já passou...)!!! estou apaixonada...SOU apaixonada!!!

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(Foto de BlueShell)

“As suas faces são como um canteiro de bálsamo, como flores perfumadas; os seus lábios são como lírios gotejando mirra com doce aroma."
Cânticos 5:13

A sua boca é muitíssimo suave, sim, ele é totalmente desejável. Tal é o meu amado, e tal o meu amigo, ó filhas de Jerusalém.”
Cânticos 5:16
Bíblia Sagrada

...
Do meu amado sinto a suave carícia do seu olhar-me!
Suspiro … que entrego, sem temer, ao seu chamar-me!
Do meu amado quero a boca o ventre os lábios…
Em mim, quero dele a vontade e o peito,
Com que sonho e me desvendo nesse leito…

sexta-feira, novembro 18, 2011

Eu...e alguns dos outros....

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(Foto de BlueShell)

"Há falsidades disfarçadas que simulam tão bem a verdade, que seria um erro pensar que nunca seremos enganados por elas." - La Rochefoucauld , François


Afinal…Depois de tudo quanto tenho passado, perspetivo a vida de uma forma diferente…dando valor a isso mesmo: à vida!!! E prometi a mim mesma que iria ter um outro desempenho face às contrariedades…que, por vezes, não são senão coisas “mesquinhas" pouco dignas de mim…


PORÉM…quando vejo pessoas de suposta inteligência advogar e tentar impor valores que não praticam,…fico furiosa!


Pessoas que se julgam superiores a Deus… oh, imploro paciência para não perder a compostura que me caracteriza!


Pessoas que são “especiais” não deviam estar em contacto com as demais “unidades de carbono”: pode-se-lhes pegar algo ruim! Porque se não fecham numa campânula? Assim protegem-se de gentinha como eu… dos vermezinhos que posso acarretar comigo…


Pessoas que têm uma inteligência (alegadamente) acima da média não deviam estar entre as pessoas “normais” – deviam ser encaminhadas para projetos à altura das suas capacidades, sei lá…numa universidade …em…um qualquer lugar do planeta???...


Pessoas falsas e dissimuladas…devia ser-lhes dada uma hipótese de fazer “carreira em Hollywood”, nos estúdios da Universal, Paramount Studios, em L.A.…ou outros…Ganhariam “um Óscar após outro”! ( o Jerry Bruckheimer…por exemplo, poderia fazer bom uso dos seus talentos de representação…)


Pessoas “santas e de boa vontade” devem permanecer puras: para isso recomendo a clausura de um convento…



Estou zangada? Estou! Estou triste? …muito. Mas estou desiludida, sobretudo…porque pensei que havia alguma empatia, alguma compreensão e tolerância, alguma sensibilidade entre colegas de trabalho…afinal não há!!!


Há, sim, palavras que ferem mais que uma bofetada…e silêncios que dizem mais do que todo um discurso recheado de desprezo!(Digo eu...)


...sinto que peciso de me afastar,...em meditação, até a raiva passar:






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(Foto de BlueShell)

domingo, novembro 13, 2011

EU DOU GRAÇAS!

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(Foto de BlueShell)


…e se olho e vejo árvores e flores…
Eu dou Graças!
Porque posso ver...
e por haver árvores e flores.


…e se oiço os pássaros cantando,
Crianças jogando à apanhada,
Ou a chuva batendo na calçada…
Eu dou Graças!
Por poder ouvir
Os pássaros
e haver crianças rindo e haver chuva…(ainda)!


…e se ao caminhar pelo íngreme chão
Que me conduz a casa eu sinto, antecipando,
O calor do fogo na lareira que me espera…
Eu dou Graças!
Porque posso ir pelo meu pé
e por ter casa onde me abrigar
e fogo onde me aquecer!


…e quando como esse pedaço de pão
Eu dou Graças!
Por poder trabalhar
E por haver o que comer na minha mesa.


…e quando, à noite, repouso em minha cama..
Eu dou Graças!
Pelo aconchego da roupa que me cobre
e pelo teto que me abriga…


…e quando sinto teu calor nesse abraço
que me sossega e me faz mulher-menina…
Eu dou Graças!
Por estares comigo, hoje…
E porque sei, então, nos braços teus,
Quão maravilhoso é
ter sido agraciada
pelo abraço incondicional de Deus.

(Grata ao amigo Rogério Pereira, ( http://conversavinagrada.blogspot.com/ )pela sugestão...que agradavelmente coloquei nos tês versos finais.)

quarta-feira, novembro 09, 2011

Laços....

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(Foto de BlueShell)


Hoje…é tarde demais…
Na varanda do Tempo
Não sinto meus passos ágeis…
Nem pinto com o olhar
Telas coloridas de nós….
Frágeis são os laços que
À vida nos prendem…

domingo, novembro 06, 2011

Sabes o que são ...as lágrimas dos anjos?

(Ligar o som...se puder dispor de uns minutos)




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(Foto de BlueShell)

Há muitos anos atrás encantei-me por essa música…
Hoje não resisti à tentação de a colocar…
Um pequeno presente meu
A todos quantos sabem o que é …AMAR!




AMOR SELVAGEM
Marcus Viana,
em Novela Brasileira "PANTANAL".


Quando os corações dos puros amam
Cala a imensidão, o espaço
E a eternidade ergue seu véu


Todas coisas vivas se aquecem
Todos olhos se iluminam
Com a luz de um outro céu


Corações selvagens
Quando batem de paixão
Acordam toda a natureza
Fazem a vida renascer


Florestas que queimaram
Voltam a se vestir de verde e flor
E as fontes que secaram
Ressuscitam ribeirões


Corações selvagens
Quando ardem de paixão
Incendeiam a noite, o tempo
E cegam sóis


Estrelas são as lágrimas dos anjos
A chorar
Por não terem o corpo e a vida
E não saberem o que é amar







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(Foto de BlueShell)

(A quantos me visitais peço um pouco de paciência comigo: farei por ter meu momento a sós com cada um de vós, de vos ler, vos "ouvir" pois esse é meu privilégio, minha a honra...só que vai demorar um pouquinho...está bem?)

terça-feira, novembro 01, 2011

(coisa típica dos machos de qualquer espécie)

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(Foto de BlueShell)
Este já é conhecido na blogosfera: o terrível husky…
Aqui…parece uma coisinha doce….a dormir à sombra, no seu canil, com o seu brinquedo preferido e …numa pose …estranhíssima.
Faz isso várias vezes: nunca vi um cão adotar esta postura para dormir.
Está “derreado”! Noites agitadas…de insónia …que não deixam dormir os humanos ao redor. (tenho de o mandar castrar…)

Há uns tempos atrás aconteceu-me algo …insólito:
Era um fim de tarde de Novembro…fazia já um frio de rachar.
Saí à pressa do trabalho e, inadvertidamente, deixei o casaco num dos gabinetes.
Ao chegar à porta de casa procurei as chaves, mortinha que estava para entrar no aconchego do lar. Mas…das chaves…nem sinal.

O vento frio da Serra da Estrela entrava pela camisola de lã , as minhas mãos estavam roxas….e eu batia o dente. Bolas tinha deixado as chaves de casa no bolso do casaco!!!
Teria de esperar que meu marido chegasse a casa…sempre a horas incertas.

Então, num ato de desespero, "pedi licença ao husky" e fui para dentro da casota. Ali estaria mais abrigada do vento, pelo menos isso. Sentei-me e acomodei-me num tapete velho que, nunca como antes, me cheirava imenso a “cão”!
Ele, por sua vez, estranhou ver-me aninhada a um canto do seus “aposentos” e…pensou que a dona queria brincar: saltou, rebolou-se, queria lamber-me a cara. Deitou a pata por cima dos meus cabelos e arrancou aí uma boa dúzia até eu lhe dar um berro. Amuou. (coisa típica nos machos de qualquer espécie) …
O tempo passou mas, pelo menos eu não estava a “tinir de frio”!

Era já noite quando ouvi a voz do meu marido chamar…e eu respondi:
-“Amor, estou aqui!"
- “Aqui? Onde é o aqui? – perguntou ele sondando o jardim na penumbra que já se instalara.
- “Aqui, na casota do cão”- e nesse momento já eu me levantara, com um pé dormente e, a custo , me dirigi para o sítio onde ele estava e onde eu poderia, por fim, aquecer os meus ossos, já tão massacrados pelo frio e por alguma falta de espaço.

Não sei descrever a expressão dele ao ver-me sair da casota do cão, de dentro do canil e chegar à sua beira…cabelos em reboliço e a cheirar a cão.
Era uma expressão de incredulidade…e um olhar pleno de interrogações.

Pobre marido…deve ter pensado, por momentos, que a sua querida, esbelta, dedicada, frágil e adorada esposa tinha enlouquecido e …quando eu já ia fazer o movimento de o abraçar ele desferiu a pergunta que quase lhe valeu um estalo: - “ O cão? O cão está bem?!”
(coisa típica dos machos de qualquer espécie)