Sei pouco mas sinto demais!
Gosto do cheiro da terra molhada e do toque sereno do vento roçando-se nos pinhais, sem Tempo nem Idade.
Tenho na alma a robustez das serranias e no olhar ...lágrimas de saudade!
sábado, junho 27, 2009
Clausura
(foto de BlueShell)
Pintei de roxo o meu quarto… Vesti-me de negro escuro! Fiz arder todas as velas! Vedei portas e janelas, E deixei que a dor ficasse Bem fechada dentro delas….
Quando se fecha uma dor dentro de quatro paredes não quer dizer que também nos fechemos dentro delas. Concordo em trancar o que nos magoa, que nos faz sofrer mas não nos podemos trancar com ela, pois há sempre algo de bom à nossa espera do outro lado da porta!!! Boa semana
Era uma vez uma dor. Pintou-se de branco, disfarçou-se de pomba, entrou pela janela. Segredou doces canções, chilreou, encantou. A todos convenceu. Aumentou de tamanho, deixou escurecer de novo as penas, tirou a máscara. Tão grande se tornou, que já não podia de novo sair pela janela de onde entrara.
A dona da casa vestiu-se de negro, pintou as paredes de luto, fechou a porta e foi embora. A pomba ali ficou, sózinha consigo própria, a gemer de dor. A sua dor.
A dor, como todas as dores, alimenta-se de si mesma.
Que magnífico seria se assim se pudesse enclausurar a dor... para nunca mais dela se ouvir falar... mas talvez a melhor forma de a expulsar, seja precisamente assim, dessa forma... manifestando-a sem pudor... e procurando retirar dela algo de construtivo, o que nem sempre é fácil...
11 comentários:
ola :) estava á espera de um soneto! mas gostei, gosto de coisas curtas e directas
Gostei :) *
A foto está belíssima.
Em seus versos brotam
sensibilidade e talento.
Lindo!
Um abraço.
Poema muito belo. Mas isso precisa de sair desse espaço, não pode ficar fechado...
Quando se fecha uma dor dentro de quatro paredes não quer dizer que também nos fechemos dentro delas.
Concordo em trancar o que nos magoa, que nos faz sofrer mas não nos podemos trancar com ela, pois há sempre algo de bom à nossa espera do outro lado da porta!!!
Boa semana
Versos que brotam com a força imperiosa da palavra...
A imagem acompanha, que belo lugar!
Beijinhos
...venho aqui matar saudades
...um beijinho
Era uma vez uma dor.
Pintou-se de branco, disfarçou-se de pomba, entrou pela janela.
Segredou doces canções, chilreou, encantou.
A todos convenceu.
Aumentou de tamanho, deixou escurecer de novo as penas, tirou a máscara.
Tão grande se tornou, que já não podia de novo sair pela janela de onde entrara.
A dona da casa vestiu-se de negro, pintou as paredes de luto, fechou a porta e foi embora.
A pomba ali ficou, sózinha consigo própria, a gemer de dor.
A sua dor.
A dor, como todas as dores, alimenta-se de si mesma.
( Uma boa semana, está bem? )
Que magnífico seria se assim se pudesse enclausurar a dor... para nunca mais dela se ouvir falar... mas talvez a melhor forma de a expulsar, seja precisamente assim, dessa forma... manifestando-a sem pudor... e procurando retirar dela algo de construtivo, o que nem sempre é fácil...
Beijinhos!
Gostei!
E esse lugar parece-me familiar :/
Podia ser mesmo aqui ao lado...
***Azuis
bem rimado, gostei!
a foto espectacular!
beij
Enviar um comentário