sábado, maio 30, 2009

Rasgo meu vestido branco

leito.

(foto de BlueShell)



Este não será um poema de amor…
Porque neste poema não vou falar de ti.
Neste poema não haverá frio ou vazio, ou dor….
Serão palavras que vi…escritas na superfície do Tempo…
Não, não são por ti as lágrimas me vês verter…
Porque neste poema não vou falar de ti….ou do meu querer.

Nada direi de teu sorriso franco,
Nem de teus braços, meu abrigo…
Nem de teu olhar quente de desejo…
(Sigo sem medo…e rasgo meu vestido branco!)
Já não vejo teu sorriso, nem sinto o aconchego
De teus braços, o desejo no teu olhar…tudo é perdido.

Por isso este não é um poema de amor
Porque de ti não ficou senão…
O leito frio, vazio em mim…e minha dor
espalhada à toa pelo chão!


25 comentários:

Anónimo disse...

êta, mulher!!!

este poema é simplesmente lindo!

"[...]e minha dor
espalhada à toa pelo chão!"

Eu diria a grande solução, a pegada mesmo, é nos reconhecermos em dores, assumindo riscos, ariscos de quem quer, ousar,
na medida do impossível, sempre.
Sem medo de cair porque sabemos que em algum momento vamos nos reerguer novamente.


Aiiii.... socorrro!! que eu quero ser feliz!!! minha nossa, preciso ser feliz!!!


Bjo gde!

odraciR disse...

Olá.... mt bom o poema, e o conceito do blog está bem feito :) vou voltar

hfm disse...

Belíssimo!

tibeu disse...

Adorei este poema, maravilhoso mesmo.

Pena disse...

Simpática Amiga:
Um poema sensível. De pureza e beleza, mesmo na dor. No desencanto.
No entanto, não deixa de reflectir uma realidade da sua doce sensibilidade poética gigante e apuradíssima.
Parabéns. Um soberbo poema de encantar.
Beijinhos amigos de imenso respeito, estima e consideração.
Grato pela visita que gostei imenso.
Cordialmente

pena

Fabuloso.

Posso contar com o seu voto para o Concurso TOPBLOG? É só clicar na imagem do topo do meu blog, inserir o e-mail e o seu nome e confirmar no seu E-mail. Simples.
Desculpe-me. Não é habitual em mim, mas estou muito bem situado neste Concurso. Peço, novamente, as minhas desculpas, talentosa amiguinha.

poca disse...

ena, ao tempo que cá não vinha!
.. quanto ao poema.. à toa nunca será.. a dor que falas.. senão é que não fazia mesmo sentido nenhum..

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

amiga

pode não ser de amor, mas éum poema lindo na sua nostalgia, e cheio de sentimento.

parabéns.

as fotos muito boas.

beij

Lucas Vallim disse...

Eu, que não sou muito de poesia, gostei desse teu poema. As rimas não ficaram falsas e as palavras não ficaram "robóticas", como costumo chamar os versos de outras poesias. Acima de tudo, as palavras são bonitas, e acabou por ser um poema de amor, mesmo próprio negando isso.

Rafeiro Perfumado disse...

Se o objectivo era não falar "dele", acho que erraste o alvo!

Madeira Inside disse...

Simplesmente...lindo!
Já tenho saudades de vazar a minha poesia. Gostei da tua! :))

tchi disse...

Do que foi amor num poema que não é de amor.

E a foto é, também, fabulosa.

Je Vois La Vie en Vert disse...

Estou de partida mas depois de ler o teu triste comentário, quis ainda passar cá para ver o teu blog.

Peço desculpa por não ter tempo de ver mais um pouco do teu blog mas o teu poema deixa também transparecer que estás provavelmente a sofrer neste momento .

Querida, só queria dizer-te que amanhã é outro dia e rega na mesma a terra seca, pode ser que tenha ficado um bolbo (que gostas de flores pelos vistos) e que cresce em grandeza. É o que acontece neste momento no meu jardim, no outro dia, num vaso onde tinha um bambou que tive que retirar da terra porque invadia tudo e que já estava seco por eu não lhe ligar muito, está neste momento a sairem botões de coroas imperiais !

beijinhos da

Verdinha

PreDatado disse...

Este poema é excelente porque fala de amor mas não fala "dele". Nadinha. Está excelente, repito.

Anónimo disse...

O "ele" que foi, o amor que é/ficou. Boa semana!

Duarte disse...

Coincide o que li no encabeçamento com os sentimentos que expressas naquilo que escreves: paixão.
Ante tudo quero manifestar que a qualidade das fotografias é excelente.
Gostei do que li neste primeiro contacto. O passado marca as nossas vidas, é certo, mas temos que afincar-nos no presente para seguir vivendo felizes.

Reconhecido

Parapeito disse...

...Não é um poema de amor ?
...É um poema de quem Ama!
*
Um abraço

São disse...

Uma bela descoberta , a da sua poesia!

Obrigada pela visita. que espero se repita.

Boa semana.

:.tossan® disse...

Bela poesia, coerente e sábia. Beijo

magda disse...

Falar de dor sem amor é tão raro em poetas que se torna inacreditável.

bem escrito. :)

Beijinho

Unknown disse...

Gostei, gostei mesmo muito deste poema, transmite-nos o fim de um amor, que se calhar não era um amor... E a aceitação do fim da relação como algo já verdadeiramente perdido, sem hipóteses de retorno!

Beijinhos,
Ana Martins

Marta Vinhais disse...

Uma dor que fica sempre escondida....
Um fim, mas um novo recomeço...Custa e o teu poema transmite tudo isso...
Lindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

**Gi** disse...

Nossa, que blog lindo!! :-))

Obrigada pela visita! Vou passar mais vezes por aqui!

Beijo!

PAS[Ç]SOS disse...

Quando rasgaste o teu vestido branco mostraste a ausência perdida no teu corpo, de onde os sorrisos fugiram para se tornarem lágrimas num poema que se não é de amor... é de quem sabe amar.

BC disse...

Este é um poema em que negas uma coisa que provavelmente já acabou mas que não deixa de te trazer recordações que outrora teriam sido boas.
Beijo

Kim disse...

É um poema de amor, sim!
Talvez de quem chore para dentro, talvez de quem morreu um pouco, talvez de quem acredita que o amanhã existe!
Muito forte e muito bonito este poema.
Bj Blue