sábado, julho 03, 2004

ENQUANTO

esperava, qual esposa dedicada, lia um livro na solidão imensa desse casarão. Rodeada de flores, em comunhão com a natureza...esperava! Os criados faziam as respectivas tarefas e ela naquela tarde calma deixava os pensamentos fugir das palavras que lia para os dias em que o casarão tinha sido o ninho de amor de ambos! Mas ele partira...as armas e o amor à pátria o haviam levado! Contudo ela esperava, calma, serena, sem sobressaltos...ela esperava! Não importava se o corpo dele jazia alguns metros acima, no cemitério da família...não! Ela...lia e esperava, olhando de quando em quando para o caminho...

landry5a

3 comentários:

La fille disse...

Não sei se é o caso, mas tive a sensação de este post construído a partir da imagem. Como se tivesses tocado a superfície daquele e toda uma atmosfera sombria se tivesse soltado.
Estou certa?

BlueShell disse...

Sim, Maria João...esse quadro dava para se colocar mil e um textos alegres e bucólicos...mas eu tenho um toque muito especial:certos dias, como hoje, transformo as coisas mais belas em coisas tristes , sombrias, terrivelmente negras e sem esperança; Breath - esperar magoa...porque cansa! Eu cansei já! Passei à fase do não esperar mais; não esperar nada , nem ninguém...

Uma história...sim, podis ser...se fizésse agora uma analepse...
beijos para vós que ainda tendes a paciência de me ler...

J. P. disse...

menos ais, menos, menos ais ;)

portugal!

desculpa, hoje só sai isto :D