(B. Alves)
...a trovoada estalou! E tudo tremeu. E a chuva abateu-se sobre a pequena cidade do interior. Vinha louca de raiva. Como quem está muito tempo privado de liberdade e se vê, finalmente , LIVRE! Os relâmpagos sucediam-se na tarde quente! Mas a chuva já inundara valetas e corria desenfreada como bicho que com o cio procura seu parceiro para acasalar: correu telhados, árvores, ruas, automóveis, escadarias, habitações em construção, jardins públicos e privados, pessoas desprevenidas até...não foi esquisita...
E os trovões... agora tão perto, tão intensos, quase agressivos...
Tudo o mais estava em silêncio; parecia não haver vida alguma. Porém, os pássaros estavam lá...nos ninhos, os cães refugiavam-se onde podiam e o granizo fustigava agora, com mais força, tudo o que estivesse a descoberto!
E a tarde quente perdeu um pouco do seu calor...e a chuva já cessava...como pessoa que fuma um cigarro depois de fazer amor...
2 comentários:
Bonita encruzilhada de palavras perdida algures entre uma tormenta... também vivo no interior. Não senti nada! :-)
http://omicrobio.blogs.sapo.pt
Muito bonito o k esse B. Alves :) . Que chuvada brutal. Até parecia o dilúvio eheh. Já se sabe k kuando Deus está zangado connosco... eheh. Beijocas e Interior rula eheh. Sou de Castelo Branco :) .
Enviar um comentário