te deixes cegar pela vaidade ou presunção: sê à tua medida...não te julgues maior que ninguém...
E quando fores à luta certifica-te de que lutas do lado dos teus ideais...
Sei pouco mas sinto demais! Gosto do cheiro da terra molhada e do toque sereno do vento roçando-se nos pinhais, sem Tempo nem Idade. Tenho na alma a robustez das serranias e no olhar ...lágrimas de saudade!
sábado, julho 31, 2004
sexta-feira, julho 30, 2004
ESCREVO...
na noite e no silêncio...
Escrevo sabendo que o faço
Apenas e só
Pra me libertar dos meus fantasmas...
Não os do inconsciente
Mas os reais, os que ferem
Pela sua permanência,
Pela sua vontade de ferir só por ferir...
E o alívio que me dá este escrever
É por saber
Que onde quer que eu vá com meus fantasmas
Saberei que alguém...como eu, lá longe, me leu
E entendeu que não estava
Nem nunca esteve tão só como eu!...
Escrevo sabendo que o faço
Apenas e só
Pra me libertar dos meus fantasmas...
Não os do inconsciente
Mas os reais, os que ferem
Pela sua permanência,
Pela sua vontade de ferir só por ferir...
E o alívio que me dá este escrever
É por saber
Que onde quer que eu vá com meus fantasmas
Saberei que alguém...como eu, lá longe, me leu
E entendeu que não estava
Nem nunca esteve tão só como eu!...
quinta-feira, julho 29, 2004
SÃO SIMPLES
...como simples é a terra que lhes dá vida! Como a água que as rega...são singelas...
Nada esperam, nada exigem...são um pouco de Deus à face da Terra!
EU...
...tu, nós...
O sol, o sentir que estamos sós
O doer longe
O querer não ser possível
A verdade inatingível...Luz e sombra...são assim nossos dias ...Nús e vazios de nós!
O sol, o sentir que estamos sós
O doer longe
O querer não ser possível
A verdade inatingível...Luz e sombra...são assim nossos dias ...Nús e vazios de nós!
quarta-feira, julho 28, 2004
EM DARFUR...
...no Sudão, junto de sua CASA...mãe e filho...
Ao ponto que chegou a humanidade...não há valores, não há NADA!
Impassíveis à fome, à doença e à morte lenta e dolorosa...continuamos todos...ou quase todos...QUE VERGONHA!
CORRIA...
...com quanta energia tinha e, passada a última vedação, olhou uma última vez para o enorme casarão: ...em ruínas...todo ele...tal como ele suspeitava. E agora à luz do dia ele podia novamente olhar-se: certamente teria rugas....fruto do tempo corrosivo; estendeu as mãos...mas...não reconheceu as SUAS mãos: aquilo não eram as Suas mãos...e as pernas ...não eram as suas pernas! Era como se fossem pernas de...aranha...muitas pernas...e então compreendeu: a sua ânsia de liberdade...em vão! Perdera mesmo a sua identidade. Tinha consciência de QUEM era, mas não ERA...simplesmente!
Haviam-no transformado em um enorme animal quase disforme...e só agora compreendia que o que lhe travava, por vezes, os movimentos, não eram as suas roupas...antes um pedaço da teia que, afinal, ele próprio tecera!
Haviam-no transformado em um enorme animal quase disforme...e só agora compreendia que o que lhe travava, por vezes, os movimentos, não eram as suas roupas...antes um pedaço da teia que, afinal, ele próprio tecera!
PERDERA...
...tudo excepto a vontade de viver! Aquela bofetada tinha sido a prova de que estava vivo e que assim queria permanecer.
Não encontrara o documento provando a sua real identidade. Para todos ele era apenas mais um condenado a permanecer naquele casarão assombrado. Mas ele sabia quem realmente era: um cientista a servir de cobaia!
E aquela mulher inexorável, implacável soubera do seu desejo de fuga! "Como?"... ele não sabia.
Súbito a raiva e o ódio empurravam já aquela mulher contra a o enorme corrimão da escadaria...lá em baixo, no rés-do-chão, esperava-a a morte...o caminho para a sua libertação.
E enquanto ela tombava desamparada, sem um grito ou um gemido, ele revivia os anos que passara ali, naquele inferno....prisioneiro sem culpa: as mil e tantas experiências feitas ao seu corpo e à sua mente, os horrores das deformações, as dores, as dúvidas, o medo...por tudo isso passara! Mas agora que todos tinham partido ela era a última barreira a transpôr. Depois seria livre.
Só precisava de sair dali, atravesssadas as grossas portas de madeira estaria, de novo, ao ar livre.
Precisava sair dali...
terça-feira, julho 27, 2004
O DESESPERO...
...vinha às golfadas...e ele sofria, já, por antecipação...
Não esperou muito até a bofetada o atingir, em cheio! Também não se desviou....era como se a desejasse, até! Precisava dela para se sentir vivo!
Não esperou muito até a bofetada o atingir, em cheio! Também não se desviou....era como se a desejasse, até! Precisava dela para se sentir vivo!
segunda-feira, julho 26, 2004
Mas...
...do tal documento...nada!
"Só me faltava agora a estúpida da campaínha" - disse para consigo já com a visão toldada pela raiva-mistura-de-desespero-a transformar-se-em-pânico...
Abriu a porta olhando ainda os sofás e só quando a sua voz bateu de frente nos seus tímpanos compreendeu que ela estava ali por ele. Um arrepio percorreu-o todo e as palavras teimavam em andar aos saltos no seu cérebro cuja actividade eléctrica estava, agora, ao máximo. Sentiu-se mudar de cor e o vermelho invadir, sem pejo, as pálidas faces de quem já não dormia há alguns dias.
"Só me faltava agora a estúpida da campaínha" - disse para consigo já com a visão toldada pela raiva-mistura-de-desespero-a transformar-se-em-pânico...
Abriu a porta olhando ainda os sofás e só quando a sua voz bateu de frente nos seus tímpanos compreendeu que ela estava ali por ele. Um arrepio percorreu-o todo e as palavras teimavam em andar aos saltos no seu cérebro cuja actividade eléctrica estava, agora, ao máximo. Sentiu-se mudar de cor e o vermelho invadir, sem pejo, as pálidas faces de quem já não dormia há alguns dias.
AlGURES...
...no meio destes papéis...há-de estar o diabo do documento!" - Pensava ele. Já transpirava; o suor escorria em gotas pela testa, ensopava-lhe os cabelos, a camisa colava-se-lhe ao corpo dando-lhe um ar sensual...
As suas mãos ossudas, longas e morenas começavam agora a tremer e ele só balbuciava:"- Tem de estar aqui, tem de estar...."
As suas mãos ossudas, longas e morenas começavam agora a tremer e ele só balbuciava:"- Tem de estar aqui, tem de estar...."
domingo, julho 25, 2004
CLARO...
que estavas aí...
Eu é que não te soube procurar!
Porquê???
Porque corri, apressada e tola,
Sem prestar atenção ao chão
Que percorria... sem pensar...
e como " a pressa é inimiga da perfeição"...
Foi no que deu!
Eu é que não te soube procurar!
Porquê???
Porque corri, apressada e tola,
Sem prestar atenção ao chão
Que percorria... sem pensar...
e como " a pressa é inimiga da perfeição"...
Foi no que deu!
TUDO...
...era suposto estar no lugar certo...
Tudo devia ter o seu lugar, a sua Hora, em obediência a um plano traçado por mão firme...
Mas não...afinal...parece que não!
Mesmo a lua que se estende sorrindo em noites pálidas...mesmo essa não sabe se amanhã se desnudará!
Então... quem sou eu, unidade de carbono irremediavelmente limitada em todos os aspectos, para ousar sequer traçar o percurso do minuto seguinte? Porque tenho esta mania de me iludir pensando que podia fazer, ou agir, num futuro que desconheço e que não me pertence?
Oh...presunção...vaidade...estupidez natural de quem se julga mais que Deus...
Tudo devia ter o seu lugar, a sua Hora, em obediência a um plano traçado por mão firme...
Mas não...afinal...parece que não!
Mesmo a lua que se estende sorrindo em noites pálidas...mesmo essa não sabe se amanhã se desnudará!
Então... quem sou eu, unidade de carbono irremediavelmente limitada em todos os aspectos, para ousar sequer traçar o percurso do minuto seguinte? Porque tenho esta mania de me iludir pensando que podia fazer, ou agir, num futuro que desconheço e que não me pertence?
Oh...presunção...vaidade...estupidez natural de quem se julga mais que Deus...
sábado, julho 24, 2004
ESTRANHO...
como as contingências da vida nos levam a colocar pergunta após pergunta...e, aparentemente, não temos resposta para nenhuma delas!
Estranho... como momentos há, na vida, em que chegamos a questionar a própria existência de um Deus a Quem sempre adorámos...
Estranho... estar aqui...sequer!
Estranho... como momentos há, na vida, em que chegamos a questionar a própria existência de um Deus a Quem sempre adorámos...
Estranho... estar aqui...sequer!
sexta-feira, julho 23, 2004
ABRIGO
...e a Mãe Natureza me oferecia abrigo, longe dos Homens, perto de Deus...
E nesse abrigo eu era ave, flor, terra, mar...eu era comunhão contigo...
SILENCIOSAMENTE
Não ouço mais a melodia,
Não vejo mais que o vazio,
Dia após dia...
É a ausência do amor...
...é o seu estertor!
Não vejo mais que o vazio,
Dia após dia...
É a ausência do amor...
...é o seu estertor!
SÓ ELAS...
...As lágrimas, a solidão,
Nesse mar, nessa imensidão:
Mistério e maravilha,
Essa ilha
Que teu ser
Teima esconder!
Uma após outra
As lágrimas são, sim,
Companheiras fiéis,
Metáfora de mim!
Nesse mar, nessa imensidão:
Mistério e maravilha,
Essa ilha
Que teu ser
Teima esconder!
Uma após outra
As lágrimas são, sim,
Companheiras fiéis,
Metáfora de mim!
quarta-feira, julho 21, 2004
DEIXA!
Quando te penso
Vejo-te em mim...
E esses olhos negros
São pedaços de outrora,
Restos de um passado
Que tu queres ignorado.
Deixa as flores florir!
Deixa a vida tomar seu curso,
Como o teu rio nas manhãs de Domingo!
Vejo-te em mim...
E esses olhos negros
São pedaços de outrora,
Restos de um passado
Que tu queres ignorado.
Deixa as flores florir!
Deixa a vida tomar seu curso,
Como o teu rio nas manhãs de Domingo!
Naquele jardim...
...sim, aqui ela sabia que encontrára a paz; o seu refúgio, a sua concha...queria sobretudo protecção; já não esperava amor! apenas queria sentir-se protegida, livre dos constrangimentos e agitações da vida em sociedade. Estava determinada a permanecer ali até ao final de seus dias. Saudades do que fora? Não, nenhuma! Saudades dos que amara? Oh, sim, muitas...mas tudo já fazia parte do passado...
O presente era ali, naquele jardim, a sós consigo ...só!
terça-feira, julho 20, 2004
SERPENTES...
...cobras e afins!
Conheço muito "boa gente" que é assim! Esperam só o momento para a gente colocar o pé em falso...e logo nos dão o "golpe fatal"...
Conheço muito "boa gente" que é assim! Esperam só o momento para a gente colocar o pé em falso...e logo nos dão o "golpe fatal"...
Gostava tanto de...saber cantar!
Ter uma dessas vozes que nos penetram
E fazem arrepios e nos elevam quase a outra
Dimensão!
Dessas vozes que,
Quando se ouvem,
Fazem inveja aos Anjos...
Anjos...que se ouvem
Longe... nas alturas que
São doutra Dimensão!
Ou nos fazem crer que há outra
Realidade e que os sonhos nos penetram
Se simplesmente...soubermos...cantar!
Gostava tanto de...saber cantar!
Ter uma dessas vozes que nos penetram
E fazem arrepios e nos elevam quase a outra
Dimensão!
Dessas vozes que,
Quando se ouvem,
Fazem inveja aos Anjos...
Anjos...que se ouvem
Longe... nas alturas que
São doutra Dimensão!
Ou nos fazem crer que há outra
Realidade e que os sonhos nos penetram
Se simplesmente...soubermos...cantar!
Gostava tanto de...saber cantar!
segunda-feira, julho 19, 2004
domingo, julho 18, 2004
Uma no cravo...
Bem sei, bem sei! Este Blog tem um pouco de tudo: é conforme os dias da gente - temos Amor, política, humor...sensualidade, desabafos...sei lá! Esperavam outra coisa? Que se pode esperar de uma Concha...que se diz Azul? Está tudo dito! Concha por estar no mar ...Azul como o Céu para poder "voar", imaginar, criar...
Há dias em que o mar é revolto, assim como o céu em dia de trovoada...um pouco de tudo...um pouco de nada...que as nossas vidas são um pouco assim...
Há dias em que o mar é revolto, assim como o céu em dia de trovoada...um pouco de tudo...um pouco de nada...que as nossas vidas são um pouco assim...
sábado, julho 17, 2004
Não te apartes de mim!
Se choro...ou quando choro...sinto-te longe, tão longe como o nunca!
Sorrio quando estás comigo e sinto a doçura de teus beijos !
E teus dedos me percorrem, me desvendam, me revelam...
Não partas, não vás, não te apartes de mim...
quinta-feira, julho 15, 2004
SUBITAMENTE
(B. Alves)
...a trovoada estalou! E tudo tremeu. E a chuva abateu-se sobre a pequena cidade do interior. Vinha louca de raiva. Como quem está muito tempo privado de liberdade e se vê, finalmente , LIVRE! Os relâmpagos sucediam-se na tarde quente! Mas a chuva já inundara valetas e corria desenfreada como bicho que com o cio procura seu parceiro para acasalar: correu telhados, árvores, ruas, automóveis, escadarias, habitações em construção, jardins públicos e privados, pessoas desprevenidas até...não foi esquisita...
E os trovões... agora tão perto, tão intensos, quase agressivos...
Tudo o mais estava em silêncio; parecia não haver vida alguma. Porém, os pássaros estavam lá...nos ninhos, os cães refugiavam-se onde podiam e o granizo fustigava agora, com mais força, tudo o que estivesse a descoberto!
E a tarde quente perdeu um pouco do seu calor...e a chuva já cessava...como pessoa que fuma um cigarro depois de fazer amor...
terça-feira, julho 13, 2004
COM O CAIR DA NOITE...
entristeci! Apenas isso!
Estou TRISTE!
Não é o mesmo de estar-se deprimido; é estar-se triste, apenas...
Estou TRISTE!
Não é o mesmo de estar-se deprimido; é estar-se triste, apenas...
segunda-feira, julho 12, 2004
TUDO GRITA...
Não é fácil...
As palavras são inimigas do sentimento verdadeiro!
Não é fácil...
Transmitir o que sinto
Quando as palavras não ajudam!
Porque a dor aperta, estrangula,
O corpo, a alma...TUDO em mim se agita,
A voz não diz
Mas TUDO grita...
As palavras são inimigas do sentimento verdadeiro!
Não é fácil...
Transmitir o que sinto
Quando as palavras não ajudam!
Porque a dor aperta, estrangula,
O corpo, a alma...TUDO em mim se agita,
A voz não diz
Mas TUDO grita...
domingo, julho 11, 2004
Calça branca...hummmm....
Pois...
Chega o Verão e com ele as senhoras e suas calças brancas que, muitas vezes, deixam " ver" a calcinha, ou cuequinha...(como queiram)! Diga-se de passagem que tal "visão" faz as delícias de muito bom rapaz que se deita a imaginar o que escondem as ditas...
Mas...quando hoje, no hipermercado, me deparo com um sujeito de calça branca e "vejo" que por baixo usa uma cueca branca com riscas azuis, (na vertical) - ou azuis com riscas brancas....vai dar no mesmo...aí sim, percebo o "encanto" de olhar para o traseiro de um tipo de calça branca!...
Vós,homens, que olhais embevecidos para os traseiros das senhoras...voltai...estais perdoados...
Chega o Verão e com ele as senhoras e suas calças brancas que, muitas vezes, deixam " ver" a calcinha, ou cuequinha...(como queiram)! Diga-se de passagem que tal "visão" faz as delícias de muito bom rapaz que se deita a imaginar o que escondem as ditas...
Mas...quando hoje, no hipermercado, me deparo com um sujeito de calça branca e "vejo" que por baixo usa uma cueca branca com riscas azuis, (na vertical) - ou azuis com riscas brancas....vai dar no mesmo...aí sim, percebo o "encanto" de olhar para o traseiro de um tipo de calça branca!...
Vós,homens, que olhais embevecidos para os traseiros das senhoras...voltai...estais perdoados...
sábado, julho 10, 2004
sexta-feira, julho 09, 2004
Língua..
Se o sentimento DESESPERO , tivesse outro nome mais expressivo, isto é, se tivesse um nome que realmente transmitisse o que, de facto, significa, que nome seria esse? Sim, porque a estúpida da palavra, só por si, não consegue abranger a intensidade e profundidade de tal estado, chamemos-lhe, de espírito, ou de alma...
Eu não sou uma sumidade em linguística, nem tenho semelhantes pretensões, mas na minha santa ignorância, entendo que o código linguístico Português peca por insuficiência de vocábulos. Não estou a referir-me apenas ao vocábulo DESESPERO.
Por exemplo, a expressão AMO-TE, também não é suficientemente expressiva. E como estes, outros mais...é só uma questão de pensarmos um pouco.
Por isso, muitas vezes recorremos a vocábulos de idiomas estrangeiros, numa tentativa de colmatar as falhas constantes do nosso código linguístico. Tentamos encontrar sinónimos mas com um significado mais intenso. Voltando ao vocábulo inicial: DESESPERO. Que outro o poderia substituir, conferindo-lhe a tal profundidade que ele não detém?....................................Não me ocorre nada!
Só sei que em certos momentos de minha frágil e incerta existência sinto, não sei que raio de sentimento inexplicável que é um misto de dor, revolta, mágoa, incompreensão...sei lá...por isso é inexplicável!
Façamos uma sondagem (que é o que se faz nestas situações):
Dê um sinónimo para cada uma das palavras a seguir apresentadas:
1 - DESESPERO -
2 - AMOR -
3 - VAZIO -
4 - CANSAÇO -
5 - DOR -
Percebe, agora o que eu quero dizer ?
Claro que os dicionários apresentam alguns significados possíveis mas...serão eles, por sua vez, fiéis aos nossos sentimentos? Pode dar-se o caso de a culpa ser minha porque sinto demais... será?
Será que isto só me acontece a mim?
Eu não sou uma sumidade em linguística, nem tenho semelhantes pretensões, mas na minha santa ignorância, entendo que o código linguístico Português peca por insuficiência de vocábulos. Não estou a referir-me apenas ao vocábulo DESESPERO.
Por exemplo, a expressão AMO-TE, também não é suficientemente expressiva. E como estes, outros mais...é só uma questão de pensarmos um pouco.
Por isso, muitas vezes recorremos a vocábulos de idiomas estrangeiros, numa tentativa de colmatar as falhas constantes do nosso código linguístico. Tentamos encontrar sinónimos mas com um significado mais intenso. Voltando ao vocábulo inicial: DESESPERO. Que outro o poderia substituir, conferindo-lhe a tal profundidade que ele não detém?....................................Não me ocorre nada!
Só sei que em certos momentos de minha frágil e incerta existência sinto, não sei que raio de sentimento inexplicável que é um misto de dor, revolta, mágoa, incompreensão...sei lá...por isso é inexplicável!
Façamos uma sondagem (que é o que se faz nestas situações):
Dê um sinónimo para cada uma das palavras a seguir apresentadas:
1 - DESESPERO -
2 - AMOR -
3 - VAZIO -
4 - CANSAÇO -
5 - DOR -
Percebe, agora o que eu quero dizer ?
Claro que os dicionários apresentam alguns significados possíveis mas...serão eles, por sua vez, fiéis aos nossos sentimentos? Pode dar-se o caso de a culpa ser minha porque sinto demais... será?
Será que isto só me acontece a mim?
quarta-feira, julho 07, 2004
O SALTO
Do alto do planalto dei um salto
No frio do Vazio
E Mergulhei nas águas quentes desse rio!
Esse rio, teu corpo, me acolheu,
Me aconchegou, me amou, me recebeu
Toda inteira, sem nada perguntar.
Me recebeste e eu me entreguei !
Me amaste e eu te amei...
Somente assim
Princípio e fim
Calor em mim
Certeza em mim...
Me encontrei !
No frio do Vazio
E Mergulhei nas águas quentes desse rio!
Esse rio, teu corpo, me acolheu,
Me aconchegou, me amou, me recebeu
Toda inteira, sem nada perguntar.
Me recebeste e eu me entreguei !
Me amaste e eu te amei...
Somente assim
Princípio e fim
Calor em mim
Certeza em mim...
Me encontrei !
Interrogo-me
....sobre o teu paradeiro!
Subitamente deixaste atrás de ti apenas a recordação da tua passagem pela minha vida.Uma passagem daquelas que marcam pela força que transmitem em cada palavra (já que não posso dizer em cada olhar , ou cada gesto)! E a falta dos teu quadros pintados em telas de vida e em tons de azul-violeta-à-beira-mar...magoam-me o Sentir no dia-a-dia do meu Viver.
Nada posso, nada sei, nada quero senão um sinal da tua presença. Porque não creio na ausência enquanto estado permanente!
Subitamente deixaste atrás de ti apenas a recordação da tua passagem pela minha vida.Uma passagem daquelas que marcam pela força que transmitem em cada palavra (já que não posso dizer em cada olhar , ou cada gesto)! E a falta dos teu quadros pintados em telas de vida e em tons de azul-violeta-à-beira-mar...magoam-me o Sentir no dia-a-dia do meu Viver.
Nada posso, nada sei, nada quero senão um sinal da tua presença. Porque não creio na ausência enquanto estado permanente!
terça-feira, julho 06, 2004
BAPTISMO
E assim saí das águas: a inocência, a pureza, a candura...tudo em mim era novo e imaculado!
Escondes-te
...de mim!
Como se eu nada tivesse para te dar;
Como se eu nada te dissesse...
Vês?
Continuas a esconder-te de mim
e de ti...também!
Como se eu nada tivesse para te dar;
Como se eu nada te dissesse...
Vês?
Continuas a esconder-te de mim
e de ti...também!
segunda-feira, julho 05, 2004
AO TEMPO
...que não te vejo! Mas isso não impede que, constantemente, os meus pensamentos deslizem até ti!
(Olha o disparate: atentemos na sonoridade das duas últimas palavras: "Até ti" - pode ler-se - "atetí"? Não! "Atéti"? Não!"Até-ti"...bem, sim! Assim pode!Giro, mas retira a seriedade ao texto!)
(Olha o disparate: atentemos na sonoridade das duas últimas palavras: "Até ti" - pode ler-se - "atetí"? Não! "Atéti"? Não!"Até-ti"...bem, sim! Assim pode!Giro, mas retira a seriedade ao texto!)
sábado, julho 03, 2004
ENQUANTO
esperava, qual esposa dedicada, lia um livro na solidão imensa desse casarão. Rodeada de flores, em comunhão com a natureza...esperava! Os criados faziam as respectivas tarefas e ela naquela tarde calma deixava os pensamentos fugir das palavras que lia para os dias em que o casarão tinha sido o ninho de amor de ambos! Mas ele partira...as armas e o amor à pátria o haviam levado! Contudo ela esperava, calma, serena, sem sobressaltos...ela esperava! Não importava se o corpo dele jazia alguns metros acima, no cemitério da família...não! Ela...lia e esperava, olhando de quando em quando para o caminho...
FAZ AMOR COMIGO
...não te limites a penetrar-me e a despejar teu esperma dentro de mim...faz amor comigo!
sexta-feira, julho 02, 2004
Sofregamente
...peguei em ti, fiz-te tombar na cama virgem e procurei teus lábios molhados, teus beijos só meus, teu corpo que se oferecia e que me desejava tanto como eu te queria!
quinta-feira, julho 01, 2004
DISSESTE
...que não querias partir! Mas partiste...sem mim, sem dizer um adeus sequer. E eu fiquei incompleta em mim...estupidamente mulher!
Subscrever:
Mensagens (Atom)