Recebi da minha muito querida amiga Nadir este lindo selo. Desde já agradeço o carinho, a ternura e a atenção. Muito Obrigada, Nadir.
Este selo é atribuído apenas a mulheres.
As regras, para quem o receber são:
1 - Exibir a imagem do selo.
2 - Linkar o Blog pelo qual você recebeu a nomeação.
3 - Escolher 6 mulheres a quem entregar o BLOG DE OURO.
4 - Deixar um comentário nesses blogs para que saibam que ganharam o prémio.
Sei pouco mas sinto demais! Gosto do cheiro da terra molhada e do toque sereno do vento roçando-se nos pinhais, sem Tempo nem Idade. Tenho na alma a robustez das serranias e no olhar ...lágrimas de saudade!
sexta-feira, janeiro 23, 2009
Um mimo ...para mim! Obrigada, NADIR!
quarta-feira, janeiro 14, 2009
“Life's but a walking shadow..."
(foto de BlueShell)
Sublime existência esta…que traz desde o ventre a sina traçada. Todos decidem tudo por nós porque é “para nosso bem”.
E nós, actores principais de uma peça que é a vida assistimos, passivos, ao nosso desempenho. Assistimos do lado de fora, do lado da plateia. Vemos a nossa actuação, tão de acordo com o que os outros esperam de nós. E aplaudimos…no fim, aplaudimos efusivamente…estupidamente…
Repetimos gestos, falas, opiniões, iramo-nos, amamos, rimos à gargalhada!…que triste! Nenhuma daquelas opiniões era a nossa, nenhuma lágrima vertida era autêntica, nenhuma gargalhada era espontânea…e o amor, esse, estava no papel…não o viveu o coração, não o sentiu a alma!…foi sempre tudo a fingir…porque alguém um dia escreveu um “Guião” que tivemos de seguir!
E Nunca soubemos o que era a cor de um beijo, nem o sabor de um corpo suado colado ao nosso depois de se fazer amor! Não soubemos o significado da palavra “descoberta”, nem o sentido de todas as montanhas, das árvores ou oceanos. Acreditámos que nada mais havia para além desse palco onde fomos actores iluminados por focos de intensa luz…uma luz que cega e não deixa ver quem assiste do lado de lá, do lado da escuridão, esse lado que não nos é permitido desvendar.
Depois, vem o dia em que sentimos um frio na alma, um vazio no peito e uma enorme vontade de gritar: “meu lugar não é aqui, nunca foi! Minha vontade se perdeu nos horizontes do querer de outros!”
Mas então, nesse momento é tarde demais. As cortinas já correram há muito, a sala já não tem espectadores, as luzes todas já se apagaram.
E sim:
“Life's but a walking shadow, a poor player
That struts and frets his hour upon the stage
And then is heard no more: it is a tale
Told by an idiot, full of sound and fury,
Signifying nothing.”
William Shakespeare's Macbeth, from Act 5, Scene 5
terça-feira, janeiro 06, 2009
Mão cheia de nada...
(foto de BlueShell)
Queria poder fugir de tudo…de todos…de mim!
Tenho o peito ferido de palavras que não ouso proferir…
E além disso ninguém há que me possa ouvir, ou entender.
Antes morrer…que enlouquecer!
Fugir…andar sem rumo, sem destino…
Procurar nas entranhas da terra
O aconchego já merecido…
O cansaço é tanto, já…
E perdão não há para quem erra!
Tenho o peito ferido de sentir tão intensamente
Tudo quanto é proibido ser sonhado…
E lentamente faço essa viagem rumo ao esquecimento…
…e num momento…tudo foi uma mão cheia de vida…
Que deixei passar por mim…sem ter amado!