(foto de BlueShell)
Este não será um poema de amor…
Porque neste poema não vou falar de ti.
Neste poema não haverá frio ou vazio, ou dor….
Serão palavras que vi…escritas na superfície do Tempo…
Não, não são por ti as lágrimas me vês verter…
Porque neste poema não vou falar de ti….ou do meu querer.
Nada direi de teu sorriso franco,
Nem de teus braços, meu abrigo…
Nem de teu olhar quente de desejo…
(Sigo sem medo…e rasgo meu vestido branco!)
Já não vejo teu sorriso, nem sinto o aconchego
De teus braços, o desejo no teu olhar…tudo é perdido.
Por isso este não é um poema de amor
Porque de ti não ficou senão…
O leito frio, vazio em mim…e minha dor
espalhada à toa pelo chão!
Sei pouco mas sinto demais! Gosto do cheiro da terra molhada e do toque sereno do vento roçando-se nos pinhais, sem Tempo nem Idade. Tenho na alma a robustez das serranias e no olhar ...lágrimas de saudade!
sábado, maio 30, 2009
Rasgo meu vestido branco
sexta-feira, maio 22, 2009
Lento...fragmento de Tempo...
(foto de BlueShell)
- Chamaste? Não?
- Desculpa, pensei ter ouvido a tua voz.
(síndrome de “ser eu” , não “sermos nós”)!
Não sei explicar…mas quase posso jurar
Que te ouço a toda a hora!
(síndrome de “ser eu” , não “sermos nós”)!
Mas como? Se tão longe de mim estás
E se te tenho apenas na memória voraz do Tempo?
(síndrome de “ser eu” , não “sermos nós”)!
Lento…o passar dos dias…e já nem tento
Perceber porque ouço a tua voz
A cada momento!
domingo, maio 03, 2009
...um dia …com muito Sol e cor
(foto de BlueShell)
Longe de mim, de tudo, de toda a criatura
Sei, … tenho por certo, que estou só!
Afinal…sempre assim me conheci…
Só que adormeci e sonhei…sem razão ou tino
Que havia sempre alguém do meu lado…
Mas sonho é coisa que não dura….
E solidão é certeza que permanece!
Parece que afinal…
Sempre assim me conheci…
Só que adormeci…num sonhar profundo
Onde ergui um mundo
Só de magia feito…
De flores, aves, cânticos alados…
Fadas, Príncipes encantados…
Mas no meu peito há apenas a dor
De saber
Que ninguém irá chorar….
Quando um dia …com muito Sol e cor e pássaros
E pessoas indiferentes a passar
…eu me render e, sem lutar,
Me entregar, cansada de inventar
A Felicidade feita de aplauso e festa
À vontade de adormecer para sempre
Nesse sono, sem sonhos, que me resta:
…Longe de mim, de tudo, de toda a criatura
E descer, por fim, em paz… à sepultura!
(foto de BlueShell)