(Foto de BlueShell)
Atraquei num porto de palavras…e amarrei
Meu barco às sílabas soltas que saíam de sua boca!
Louca: pois que não vi o branco frio desse véu
Me cegar de eufemismos embalsamados…
Pensamentos estagnados presos em sílabas
Dispersas: areias no areal sem mar, sem sal….
Mas enquanto se banqueteava na sua fecunda
Hipocrisia [Homem …arrogante e opressor]…
Eu me libertei das sílabas mornas, sem sentido…
E corri, já sem o véu que me cobria…e me tolhia o ser…
Corri…e mergulhei, sem barco…ou medo algum
de perecer nesse mar, cor de céu, pleno de vida!
Me aconcheguei na minha essência,
Quase perdida, nela me firmei…
E em concha azul…me transformei!
(Foto de BlueShell)