segunda-feira, dezembro 06, 2004

ME QUESTIONO


negro

(foto de Ricardo Freire)


Em que momento, me pergunto,
em que momento de minha vida
deixei de poder SENTIR?
Um momento houve, certamente,
em que tudo passou a nada me dizer!
Nada significam as coisas para a gente.
Simplesmente não se sente:
nem raiva, nem piedade, nem dor, nem alegria, nem amor...
Quando terá sido esse dia?
Em que momento desta existência fugidia
perdi a essência do SER?!!!

19 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Num momento de loucura?
O poeta é um fingidor...
Beijos.

Tim Bora disse...

O sentimento é fundamental para a existência racional contrariando o "penso logo existo". Agora sabemos qe Descartes estava errado.

Luís Filipe C.T.Coutinho disse...

de algo se constroí a nossa essência, nem que seja da ausência do nosso sentido...

beijo

100chave disse...

Se nos questionamos sobre as coisas é sinal de que o aparente desprovimento de sentir não nos abandonou...
FICA bem,

Emilio de Sousa disse...

Conchinha, ainda não perdeste a essência do ser, não te preocupes. Gostei do poema, apesar disso. Bjocas da tua jóia.

O Micróbio disse...

Parece que chegaste aquela fase em que temos de fazer um "reiniciar"... Quem sou eu? De onde venho? Para onde vou?

fernanda dias disse...

Andei 3 anos assim, como tu estás agora.. Não encontrei nenhuma resposta, apenas me fartei de ver a vida passar ao lado. Voltei a sentir. A permitir-me sentir. E agora passei de um extremo ao outro! Desejo que encontres a TUA forma de caminhar, mesmo pelo limbo. Aceita um beijo enorme e que espreite o teu caminho, até tu voltares a falar de amor...Ah é verdade... perderes a essência do SER? coisa impossivel.

A. Narciso disse...

o Homem é um animal em constante mutação, mas a essência do ser está sempre lá... por vezes não damos é com ela.
Bjo
*A

Luis Duverge disse...

Vida com significado ...

está na alma que procuras quando
olhas o espelho e as memórias voltam.

está em quereres ... outra alma.
está em aprenderes a sentir ... de forma diferente,
Como ? Assim apenas perlongas o sofrimento, acumulas
mais ... memórias ...até à descaracterização total.
Quando rompes de vez com a conveniência ?
Tão diferentes, tão iguais.

almaro disse...

esse dia, foi aquele em que te esqueceste de ti...

Luna disse...

não se perde a essencia do ser...por vezes esquece-se.
recupera-a, lembra-te de ti que sentes...a raiva...a alegria e principalmente o Amor que é de uma dor tranquila e saudável.hoje excedi-me desculpa:(

mfc disse...

Temos que olhar para nóse sentirmo-nos gente...
Temos essa obrigação!
Um abraço.

Águas de Março disse...

Perdeste mesmo?
Dentro de nós existe um ser inteiro à nossa espera. (Aquele que normalmente procuramos nos outros) É com ele que temos de nos reconciliar, nos temos que unir, amar e ser fiéis. Conseguido isso, verás como se torna possível reencontrar aquilo que julgávamos perdido, como passamos a poder encarar com limpidez, com amor e ternura o que agora parece insuperável.
Gosto do poema, apesar disso.
Beijinho,
Ana Maria

Cleu Randall disse...

Lindo poema, espero sinceramente que isso não esteja acontecendo com tido..
Deixar-mos de sentir tudo deve de ser horrivel.

Bju's.

Boa semana!

=*

Abrigo disse...

Há momentos muitos, em que perdemos a essência do ser, mas acabamos sempre por nos encontrar, acho que acontece para recarregar-mos baterias...
Tem um optimo feriado

augustoM disse...

Olá Blue Shell vinha retribuir a sua visita e encontrei um blog com posts de uma sensibilidade invulgar. Parabéns.
A nostalgia e a indiferência andam muitas vezes de mão dada.
Um abraço. Augusto

Agnelo Figueiredo disse...

Olhe, minha senhora,
Estou quase tão deprimido como vocessência. Fiquei assim de repente. Até perdi o apetite. Já nem trato do meu blog.
Acho que isto terá alguma coisa a ver com o golpe de estado, sei lá.

Cumprimentos do seu
Azurara

ABA disse...

BS,
O meu Haloscan é um_______________túmulo!
Obrigado_____ pela partilha_______

Anónimo disse...

Hummm... por que não colocar as coisas de outra forma? Queres fazer o exercício? Ok! Por que não colocar a questão como uma mudança numa essência que é a nossa? Sim, porque não é propriamente correcto pensarmos que somos imutáveis. E ainda bem que o não somos. Já pensaste o tédio? Já pensaste na estagnação que isso pode significar para nós próprios? Já pensaste na própria falta de evolução/maturidade/aprendizagem que isso pode significar? Sei que custa, mas o negativo (ou o negativo sentido dessa forma em determinado momento ou fase) pode ser como que um trampolim para sermos mais/sermos melhor/sermos mais fortes/sermos mais resistentes/sermos menos cegos ou sermos menos frágeis. Prefiro encarar este tipo de estado (e sensações e formas de sentir) como algo de intermédio e não como algo de definitivo. Prefiro pensar nisso não como um fim, mas antes como mais um contributo da Vida, para que nela sejamos diferentemente, numa essência que é feita (tb) dia a dia e não como algo que surge já "fabricado" Sem possibilidades de reajustamentos. Importa que nos projectemos, não que nos escondamos em ideias, sentimentos, formas de estar que, porque vistas/sentidas em estado definitivo, só nos podem fazer magoar mais, numa letargia que não nos deve ser natural.

Beijinho doce,

Sandra
(Void)