(foto de BlueShell)
Íngremes escadas as que levam ao sótão…
E a velha arca…sempre tão plena de tudo
O que foi…..
Relíquia sem preço….
E lá fora o Sol!
Estalam as tábuas do soalho em que ajoelho…
Tudo mudado…tudo tão velho…
O passado em que me revejo com Luz-
Longe do presente …
E o Céu não sente….
Mente quem diz que o sol ilumina
Essa criança, mulher…ou menina?
Entro dentro da velha arca…
Não tem senão a marca
Dos tempos idos…
Ali permaneço respirando
Tesouros perdidos…
Sou … e me encontro!
Fecho-me dentro do escuro
Digo adeus ao Sol,
E é meu, o vazio…
Que por ser assim, cheio de nada…é puro!
Sei pouco mas sinto demais! Gosto do cheiro da terra molhada e do toque sereno do vento roçando-se nos pinhais, sem Tempo nem Idade. Tenho na alma a robustez das serranias e no olhar ...lágrimas de saudade!
sábado, outubro 24, 2009
...E é meu, o vazio…
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11 comentários:
Querida amiga, fechares-te na arca do passado só reaviva a dor...
Há mais ar puro para além do vazio sem sol.
Gostei do teu poema, escreves bem, muito embora ele revele uma nostalgia, até uma dor, que se revela fora de validade e a precisar de uma lufada de ar fresco.
Bom fim de semana.
Beijos.
A natureza invade os espaços que ficam parados no tempo.
Passa página, fazer-te-à bem, ficar encaixilhado no tempo vai aumentar a solidão que ainda que buscada destrói.
Un forte abraço e um bom fim de semana
Você descreveu a imagem com muita propriedade e beleza!
Nada como um cantinho assim, não é? não é pedir muito, na verdade é pouco, mas suficiente...
Abraço,
Rafael
Nesse caminho ninguém passa...
:)
Sobe ao telhado, escorrega pela caleira e entra pela janela.
Vais ver que ficas boa...
Querida amiga, bom fim de semana.
Beijos.
Também prezo o vazio... e o silêncio das coisas...
Muitos beijinhos, BlueShell.
Alexandre (ex-Fundamentalidades)
é puro o reencontro...
puro...
abrazo serrano desde o sabugueiro
sempre tao sentidas as tuas palavras, doce amiga
beijo grande, lucia
adoro as fotografias
cumprimentos
Tanto tempo perdido "conchinha" e lá fora o sol e a vida esperando por ti. O problema é que ela não espera...
Querida Blue Shell
Parece-me uma escada íngreme, há muito não percorrido, tomada pelo esquecimento do tempo...
Um beijo
Daniel
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