(Foto e texto de BlueShell)- PORTUGAL
Agora, quase 30 anos depois ali
estava eu, mais uma vez, à frente daqueles jovens.
A inocência …uma inocência que
acolhe alguma traquinice, alguma irreverência e indisciplina e que é preciso “dominar “… estava ali, como
estivera quase sempre nos últimos anos.
Nunca quis ter, nas minhas aulas,
os alunos aprumados como se de soldados se tratassem. Mas sempre lhes exigi
respeito. Respeito por eles mesmos, respeito uns pelos outros, pelos pais que,
lá fora, trabalhavam de modo a que eles pudessem ter o privilégio de frequentar
a escola, e respeito por mim. E, dentro desse espírito, havia espaço para uma
aprendizagem sem necessidade de grilhões, de coação ou constrangimento. Mais: para além dos conteúdos indicados pelos
programas havia sempre espaço para uma outra aprendizagem: valores como a
humildade ,a honestidade, a misericórdia, a dignidade e outros, muitos… mas sempre
sem impor as minhas convicções político-religiosas. E ralhei…ao mesmo tempo que
dei afeto. Pois o que é o afeto se não houver reprimenda quando se erra? Quando
se procede mal? Então há que repreender porque isso significa que nos
importamos com eles, com esses jovens. E eles sentem isso. Sentem, numa
repreensão o mesmo afeto que sentem num elogio. Não de imediato, obviamente,
mas mais tarde, senti-lo-ão.
Sim, penso que fiz um bom
trabalho ao longo desses anos.
(Foto e texto de BlueShell)- PORTUGAL
Há tanto cansaço, tanta desilusão….tantas
horas na escola que em vez de serem para os alunos são para os burocratas…para gáudio
dos que “vivem” em gabinetes “forrados a
papéis”!, com “cortinas feitas de papéis”…e por isso não veem para lá delas…não
veem a realidade para lá das opacas janelas desses bafientos gabinetes!!!
Cansada de ter de concordar à
força de ter de concordar… com um sistema que nada traz de profícuo a alunos…muito
menos aos do interior…sempre ostracizados e esquecidos…como há 40 anos atrás!!!
Olho para eles e vejo, nos olhos
de cada um deles, a pequena que fui…uma pequena guerreira que se aventurava de
noite pela estrada de macadame para apanhar a carreira e poder ir às aulas. Uma
pequena que se fez mulher e concretizou o sonho de ser professora. Uma
professora que sempre cumpriu com os seus deveres, que sempre foi fiel aos seus
princípios e, sobretudo, aos seus alunos. Uma professora que muito raramente
dava uma falta. Apenas por doença ou nojo! Uma professora que dava mais tempo à
escola do que à família. Que se obrigava a abdicar de tanta coisa em prol da
escola que amava….
Lembrei-me agora…Uma dia, ou
melhor, uma noite ia eu dar aulas a um curso de alunos adultos, coloquei mal o
pé no degrau pois o patamar estava com as luzes desligadas e eu caí pelas
escadas abaixo só parando no “cotovelo” da escadaria. Umas funcionárias que
andavam a fazer a limpeza ouviram meus gritos e deram comigo toda enrodilhada e
a gemer. Fui para o hospital e já não dei aulas essa noite. Mas ao outro dia lá
estava eu: pois se não tinha nada partido nem deslocado…as equimoses não eram
na língua e, mesmo sendo em quase todo o corpo, não me impediriam de dar aulas…
Tinha os olhos daqueles jovens
cravados em mim…queriam saber quem eu era, como eu era…que teria para lhes
ensinar…e eu ali, diante deles com uma imensa vontade de desistir deles. Eu ali
diante deles com um imenso cansaço, com um desalento tamanho…que chegava a doer….que
ardia na garganta e me pesava no peito. Súbito…deixei de lhes ver os rostos e
na minha mente surgiram duas imagens: as dos diretores das escolas e a do meu pai no caixão, no dia em que foi sepultado. Porquê essas duas imagens assim?
Porquê? Então era por isso que não via o rosto de meus alunos: meus olhos estavam plenos de lágrimas…e
eu não queria que elas transbordassem…não
queria , meu Deus, não queria que me vissem chorar… não ali…, por favor, não ali….
Virei-me de costas e escrevi meu
nome no quadro enquanto, disfarçadamente, secava as lágrimas.
Depois, com um ar autoritário,
disse:
- Meu nome é Isabel M. e serei
vossa professora.
Mas mentalmente pensei…. devia
dizer-lhes era-“ Julguei que era meu dever ensinar…afinal querem que eu
preencha papéis….e papéis...e papéis…”
Só que já tinha tomado uma
decisão: não iria desistir deles: contra tudo e contra todos, sujeitando-me a
todas a penalizações…o meu dever, a minha lealdade era, é e será para com os meus alunos:
lutarei por eles mesmo que eles não o saibam nunca…
Serei guerreira novamente e vencerei porque lutarei pelo que é justo…e porque sei… que tenho comigo…todos os trunfos!
Salmos 118:6
O SENHOR está comigo; não temerei o que
me pode fazer o homem.
The LORD is with me; I will not be afraid. What can man do
to me?
42 comentários:
Isabel, a ler-te e a ver-me a conduzir 30 Km para lá, a dar aulas, a subir e a descer escadas e escadas e regressar outros 30 Km, cheia de vontade de gritar porque uma desgraçada de uma ciática me não deixava; a ler-te e ver as caras dos alunos de uma das minhas turmas, em Lamego, que percorriam, às escuras, o caminho que, das quintarolas onde viviam, os levavam ao apeadeiro da " carreira" e que tão criticados eram porque cheiravam a fumo e não tomavam o banho diário. Eles que nem luz tinham em casa...; a ler-te e a pensar que estou, no íntimo, tão frustrada e desiludida...por me sentir lesada quando, por causa das burocracias, me inibem de bem ensinar, de dar.
E, assim, desabafei também. Um abraço apertadinho.
Laura
Hoje, leccionar é uma luta sem tréguas...um desespero!
Não te arrependas de cumprires o teu dever. Colherás frutos!
Adorei as tuas fotos.
A estrada da vida...
Beijinhos.
Vi a sua mensagem no meu Blogue e vim, aqui, a correr.
Senti nas suas palavras um desespero, um desconforto que me deixou assustado.
Agora que li a bela lição de vida que aqui nos deixa, descansei.
Afinal a mulher lutadora continua aqui. Presente!
Tenho esperanças que o Sol vai voltar.
Beijo
Blue conseguiste fazer-me chorar, acho que tens esse dom perante mim!
Ao ler-te recuei no tempo, eu fui uma dessas crinças à quarenta e muitos anos, não apanhava camioneta, mas caminhava simplesmente descalça, sim também eu cheirava a fumo, pois como tinha que ir para as terras de cultivo depois das aulas, os trabalhos de casa eram feitos à noite à luz do candeeiro a petróleo, ou até à luz só da fogueira para se poupar no petróleo.
Blue o que fizeste foi ouvir o teu coração é isso que faz de ti esta mulher que lutou e continua a lutar, não, não te arrependas fizeste o melhor, esses são os valores mais importantes, que hoje para muitos não teem valor.
bom fim de semana
beijinho e uma flor
Estou a 7 anos na blogosfera : A viagem é o casula
hoje completando 2 anos de vida.
Quantos momentos alegres e triste também
faz parte da nossa jornada.
Deus permita muitos anos de vida para mim e meu blog
um mundo fantástico.
Onde nossas amizades sem face completa de maneira
sobrenatural minha vida.
Obrigada pelo seu carinho por fazer parte da minha caminhada
muitas vezes cansada ou meu caminhar um pouco mais lento.
Hoje deixo na postagem mil carinhos para você
um mimo desse dia feliz.
E o sorteio de mais 2 livros meus não
importa qual Pais será ganhador receberá com certeza com muito amor.
Pode até pensar porque sorteio tantos livros meus não é mesmo?
Por ele ser bom e de alguma forma deixar um pouco de mim para vocês.
Meu eterno carinho.
Um feliz final de semana.
Beijos na alma e no coração.
Evanir.
Estou só esperando você com muito carinho.
Olá, boa-noite! O meu nome é Rita Lavoyer, sou de Araçatuba. Há uma Promoção na Cia dos blogueiros, que pretende reunir o maior número possível de pessoas que têm blogs para compor um poema, por isso o nome "O maior poema. Venho aqui convidá-lo a participar.
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Inscreva-se e participe conosco.
Muito obrigada, muito obrigada, muito obrigada.
Muito interessante, amiga!
Já recebeste os livros?
Me avisas?
Beijos e excelente domingo!
Bom dia Isabel
Por aquilo que a conheço daqui da blogosfera não a via proceder de outra forma...
Ser Professor está na alma daqueles que o são a tempo inteiro
Que se dedicam de alma e coração a uma causa nobre que forma as novas gerações e complementa o trabalho dos pais e da família.
As guerras burocráticas trouxeram-nos estes políticos vazios por dentro e estas políticas sem qualquer sentido de justiça e de crescimento...
Que será desta sociedade se vós professores abdicais da vossa tarefa de ensinar e corrigir ??
Destruíram a família roubando-lhes os filhos e fazendo-os fantoches de um circo de estatísticas forjadas...
Destroem a escola para que cresçam como números que eles os "Expert da nossa política" os possam mandar como coisas para fora do país, da sua casa e dos seus familiares.
Afinal pagamos impostos que apenas servem os interesses sujos de quem manda no país.........
Excelente.
Mesmo para quem está de fora, este texto é muito correcto e ao mesmo tempo denota uma frustração absolutamente normal perante o actual sistema de ensino no nosso país, principalmente quanto aos professores.
Mas, para quem exerce ou já exerceu a profissão de professor, como é o meu caso, ainda mais razão te dá.
Ao ler, recordei-me de uma professora que eu tive..
Dava-nos total independência, um dia portei-me mal(não me recordo do que fizera ou dissera), sei que levei uma palmada na mão.
Hoje, penso sempre duas vezes, se levarei uma palmada imaginária da minha professora ou não...
Pena que o sistema de ensino vá de mal a pior :(
Beijinhos Grandes e muita força
Uma missão Isabel,que sendo exercida com espirito de dádiva tudo vir´de volta. O problema é a falta de sensibilizaçã,quando a sociedade pensa que é uma profissão priviliada!
De resto amiga.dever cumprido, coração em paz!
Forte abraço, guerreira!
keep fighting Isabel
Un maravilloso Texto en el que se sacan grandes conclusiones.
Abraços e beijos.
Ah, Isabel, azul de todos os sonhos, esse desabafo tocou-me bem fundo. Até porque também sou professor e sinto as mesmas angústias, as mesmas desilusões, agarro-me às mesmas muletas...
Que dizer a um(a) cúmplice? Talvez dizer que vale sempre a pena lutar. A dignidade não tem preço.
Beijo :)
Fiquei muito preocupada com um
comentário que li seu, vi de
imediato ao seu blogue e em sei
se é para ficar ou não mais tran-
quila, porque andamos todos muito
enervados. Também tenho na família
uma jovem professora que vive com
muita preocupação. E é professora
por vocação.
Espero que seja o que for que a
atormenta, consiga superar.
Um beijinho
Irene Alves
Um professor é como um palhaço Blue Shel. Todos os dias. E precisa de ressuscitar todos os dias para dar um pouco de si a quem tanto precisa.
Beijinho
Olá! Fiquei feliz em receber sua visita em meu "blog". Admiro a forma como vocês portugueses utilizam a língua portuguesa em tudo sem o uso de palavras em inglês. Nós brasileiros não temos este cuidado todo. Temos o costume de escrever blog ao invés de blogue que é a maneira correta. Este é só um exemplo. Gostei muito do seu blogue e estou seguindo. Um grande abraço!
Querida amiga
O interessante
das palavras
deste texto,
é que suas
verdades
habitam muitas
outras vidas,
com seus compromissos,
questionamentos
e angústias...
Que todos os dias
os sonhos nasçam em ti,
como nasce o sol pela manhã...
Eu tinha apenas 20(e o curso incompleto)) quando comecei essa árdua tarefa, tal como tu sou professora por vocação, partilho contigo as mesmas angústias,as mesmas desilusões, mas continuarei lutando, por eles alunos que tanto me t~em dado ao longo da minha carreira. Continuemos a luta, como sempre o fizemos...
Bjs
Confesso que fiquei sem palavras... ufff...
Beijos de carinho e amizade.
Li sua postagem anterior e pude ver a menina cuja realidade diferia da matéria que vinha da escola. Senti o seu desejo de descobrir o mundo para repassar a outras crianças a felicidade de aprender.
E li, nessa postagem, a sua desilusão, que não a tornou indigna de ser mestra. Esses valores, que superam imposições e dificuldades advindas de impropriedades governamentais, você jamais perderá. Parabéns pelo brilho de sua vocação. Bjs.
Olá, Isabel!
Desistir sabe sempre a perder, e ainda bem que resististe à tentação.Desabafos e queixumes como os teus, também os ouço do filho mais velho, que também é professor. Enterrado em papéis, como tu dizes, para além da precariedade do futuro, que tenta renovar no início de cada ano lectivo.Ensinar é uma vocação, da qual resulta prazer quando quando feita nas condições ideais, coisa bem diferente do que vai acontecendo por este Portugal em que se vão construindo monstruosidades de escolas que não vão conduzir a nada de bom...
Mas quem gosta mesmo do que faz, sempre faz mais um esforço quando se sente à beira de atirar a toalha ao chão.
Há prazeres que ninguém nos pode roubar...Força, e continua a fazer o que sabes fazer bem, e com dedicação.
Beijinhos; fica bem
Vitor
Tenho certeza que vencerás, sim, amiga; apesar da tristeza, o teu texto emana também a firmeza e o afeto característicos dos verdadeiros professores. Além do que, lembra-te, és acima de tudo uma valente guerreira.
Quanto à autorização que pediste, bem sabes que a tens... para todos os nossos textos. Alegria em rever-te; boa semana, fica bem!
Uma das muitas postagens em que a descrição do teu perfil se aplica na perfeição . . .
" Mulher...mulher do campo, Mulher criança, apaixonada, ...mulher que ama... "
Força !
Um abraço , Isabel ,
Maria
En esa fotografia se reflega abandono,nostalgias y tristesas,seguro que tu ánimo un poco acongojado al verla te dio esa senzaciñon.
Un fuerte abrazo
Ter o dom de ensinar, ser professor(a) e ser um idealista, um ser maravilhoso. Na vida sempre existem pedras e mais pedras no caminho que tem de ser contornadas, muita vezes com grande dificuldades, mas nunca devemos deixar que o desânimo nos abata. Creio que acreditando com muita fé em Deus, segurando em suas mãos, certamente, os obstáculos serão contornados.
Um grande abraço.
Élys.
Parabéns pelo idealismo, pela garra... Blue Shell, continue seguindo sua consciência e sua intuição, você já é vencedora. Muita paz e muita luz!
Obrigada pelo seu comentário.
Ensinar é uma arte, tão boa, quanto a "Arte de Amar".
As "coisas" resolvem-se com o tempo.
Não se preocupe, em demasia.
Beijo da Luz.
Olá!Boa noite!
Blue ...
Tudo bem?
...li sua anterior e pude sentir o seu desejo de descobrir o mundo para repassar a outras crianças a felicidade de aprender.
E nessa postagem, a sua "desilusão". Muito em parte , das mazelas governamentais. Porém, creia me, você continua a ter uma profissão digna e de ter orgulho, apesar dos pesares... e se por um lado fico feliz por ter expresso toda uma lembrança de ser educadora de forma livre, consciente, apaixonada. Por outro lado , algo tem de ser feito para mudar e ter um futuro diferente , marcando a diferença, dando exemplo...o resto virá, mesmo que lentamente
A maioria , devia ser condecorada pela resistência, pela capacidade, pela constante renovação da esperança, e do que representa para muitos em crescimento...
Meu carinho!
Bela semana!
Beijos
Ensinar não é fácil e nem reconhecido mas iluminamos a vida de muitos....
Beijo Lisette.
Não desistas da tua missão, amiga. Considero essa profissão uma verdadeira " missão" e, assim como a dos médicos, só deve ser escolhida por quem tem vocação. Adoro ensino, embora não seja professora e estou solidária com todos eles, pois sei da importância que tiveram na formação dos meus filhos. Obrigada, amiga, e...CONTINUA por favor" Um beijinho e obrigada pela visita ao Começar de Novo
OI BLUE SHELL!
AMIGA, AO LER TEU COMENTÁRIO EM MEU BLOG, PENSEI, "QUE BOM PODER RESPONDER HOJE, POIS ESTA AMIGA ESTÁ PRECISANDO DE UMA PALAVRA DE CARINHO E FORÇA ", MAS, AO CHEGAR AQUI, LEIO ESTE TEXTO-DESABAFO E ME DOU CONTA DE ESTAR LENDO COISAS MARAVILHOSAS DE ALGUÉM NÃO MENOS MARAVILHOSA, QUE ÉS TU, UMA GUERREIRA, FORTE E COM UMA GARRA DE DAR INVEJA.
ÉS UMA LUTADORA NATA E NÃO TEM POLÍTICA OU PROBLEMA SOCIAL QUE TE DERRUBE.
CONTINUE SEMPRE E PASSE PARA TEUS ALUNOS TUDO QUE TENS DE TÃO VALIOSO PARA DAR A ELES, PODE SER QUE AGORA, COMO BEM DIZES, NÃO SAIBAM, MAS UM DIA SABERÃO, QUEM PASSOU A ELES TANTOS ENSINAMENTOS E POSICIONAMENTOS CORRETOS PERANTE OS PROBLEMAS DA VIDA E NA CERTA LEMBRARÃO DE TI E AGRADECERÃO EM FORMA DE PRECE, LUTE POR ELES, VALE A PENA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/ClickAQUI
Tens toda a razão! Não te deixes derrubar, continua.
Bj
Amiga!
Ser professor é um grande desafio hoje em dia!
E cada um com certeza sempre terá muitas histórias a contar.
Blue, foi a primeira vez que enviei alguma coisa ao exterior, mas estou achando tão demorado. O atendente me disse que levaria no máximo 16 dias. Fico com receio de que se percam pelo caminho. Tomara que não. Me avise quando os livros chegarem aí para que eu me tranquilize. Grata!
Muitos beijos!
Parabéns a essa mulher guerreira que sempre deu o que tinha de melhor, por isso tem hoje o coração pleno do dever cumprido e de ter vivido um tempo útil e solidário.
Gostei muito do seu excelente texto!
Beijos.
Isabel, que felicidade conhecer-te , mesmo só virtualmente!
Tenho orgulho em que pertençamos à mesma profissão e em que tenhamos sempre essa paixão pela Educação e essa consciência de que vale a pena insistir no que amamos e lutar contra as imposições estúpidas de quem tenta destruir o melhor que podemos dar!
Que DEus te acomapnhe , sempre. é o voto que te envio num abraço bem estreito.
Triste a educação,não? Falta tudo,tanto... Professores merecem que se tire o chapéu pois passam por cada situação!! beijos praianos,chica
Os burocratas nunca entenderão o que é dedicação e vocação, porque os seus valores são outros muito diferentes.
Cumps
Olá Isabel!
Esse é um grito de alma de tantos e tantos professores. A burocracia está a matar o ensino...
A falta de apoio aos professores está a tornar a escola um antro...
Felizmente que já estou fora dela e não sinto saudades destes últimos anos... foram um inferno.
Abraços.
M. Emília
Blue Shell
Fiquei muito emocionada com o seu relato.
Sua missão não será em vão. Pois o seu amor pela profissão nunca te deixará abater.
O mundo precisa de grandes almas como você, onde coloca o dever acima de tudo, inobstante os percalços da vida.
Te admiro, querida amiga.
Beijos.
Brilhante combinação texto/imagens.
Oi Blue! Sua missão é a minha. Me aposentei com mais de trinta anos de trabalho com professora de matemática do ensino fundamental e médio ( crianças de 10 à 17 anos. Também sinto que cumpri minha missão, lutando contra tudo( cansaço, doenças, distâncias, baixos salários, obrigações de esposa e mãe) e contra todos ( burocratas, pais alheios, alunos desinteressados), mas hoje os vejo trabalhando nas mais diversas profissões ( de caixas de supermercados à juízes), e fico feliz. Hoje eles reconhecem que lutei por eles. Tenho saudades do tempo que lecionava, mas para tudo há um tempo. Hoje vivo para meu marido, filhas e para mim mesma. Dou graças a Deus pelo tempo que ele me deu para cumprir minha missão.
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